A depressão é uma doença que causa danos em muitas áreas da vida do paciente e cada vez mais pessoas são afetadas por ela. Então, saiba como este distúrbio se manifesta, quais são os impactos do mal do século, como funciona o seu tratamento e prevenção.

O que é a depressão?

Esta é uma doença grave que causa um distúrbio afetivo e uma alteração séria no humor das pessoas. Além disso, pode gerar danos psicológicos, mas também físicos e emocionais.

O transtorno pode ainda ser acompanhado de surtos psicóticos, mas em uma pequena parte dos casos. No entanto, muita gente que convive com a doença não acredita que haja solução para seu problema.

Vale destacar que é preciso diferenciar este de outros tipos de transtornos mentais. Por isso, é preciso realizar uma consulta com um médico da área, pois ela divide sintomas com outras patologias.

Como a depressão se manifesta?

A forma como a doença se manifesta pode ser diferente em cada indivíduo. No entanto, age em silêncio na maioria das vezes e começa a causar alterações no comportamento da pessoa, como:

  • Mudança de temperamento;
  • Falta de apetite por longo período;
  • Pessimismo na fala.

É comum sentir perda de interesse por atividades de lazer ou até mesmo por contatos sociais. Além disso, é preciso observar quando este quadro começa a atrapalhar a vida normal do indivíduo.

Mais detalhes sobre a doença

A depressão é uma doença que chega a atingir cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da OPAS. Então, é ideal que você observe os primeiros sinais, para evitar que o caso se agrave.

mulher deitada na cama em posição fetal e aspecto triste

Legenda: A depressão é uma doença crônica e afeta todas as áreas da vida do indivíduo. Imagem de Freepik.

Quais são os sintomas da depressão?

O início dos quadros depressivos pode variar de acordo com a faixa etária da pessoa. No entanto, o desânimo é um dos sintomas mais comuns da doença, que apresenta os primeiros sinais junto de:

  • Cansaço mental constante;
  • Dificuldade em se sentir alegre;
  • Sensação de angústia.

Quadros de ansiedade podem estar associados ao início da depressão, embora seja um outro transtorno. Além disso, a doença exige um maior esforço por parte do indivíduo para executar qualquer tarefa.

Como a depressão age?

A doença age a princípio no hipocampo, região do cérebro responsável, entre outras coisas, pelas emoções. Desse modo, pode alterar toda a química do corpo do indivíduo e o impede de sentir bem-estar.

No caso de negação dos sintomas, há a chance do quadro se agravar. Mas, grande parte das pessoas que desenvolvem a doença não sabem da sua existência, segundo artigo do Dr. Drauzio Varella sobre diagnóstico da doença.

Quais são as causas da depressão?

Há diversos fatores que podem causar a depressão, como a própria genética ou o histórico familiar da pessoa. No entanto, uma situação traumática pode desencadear a doença, como a perda de um ente querido.

O fim de um relacionamento amoroso de longa data também pode ser um estopim para a doença. Dessa forma, muitos fatores podem contribuir para o avanço do quadro em casos como este.

Além de eventos impactantes, o estresse e o uso de drogas lícitas e ilícitas podem causar a depressão. Além disso, veja a seguir mais eventos e situações que podem levar à um caso de distúrbio:

  • Estilo de vida desregrado;
  • Disfunções hormonais.

Eventos traumáticos na infância ou a perda de um emprego também podem levar à doença. Por isso, a terapia é uma ótima opção para quem se encontra com algum abalo emocional ou sinais da doença, por menores que sejam.

Fatores de risco da doença

Alguns fatores podem aumentar os riscos da doença e aumentar seus dados. Então, o sobrepeso, sedentarismo e vícios como álcool e drogas podem ser fatores que vão agravar o quadro clínico do indivíduo.

Quais são os tipos de depressão?

Como grande parte das doenças que agem na mente, essa também tem alguns tipos. Desse modo, veja a seguir quais são os mais comuns no caso desta patologia para entender um pouco mais sobre ela:

  • Transtorno depressivo maior;
  • Depressão psicótica;
  • Transtorno bipolar.

Há alguns outros tipos mais específicos, como é o caso da depressão pós-parto. Mas, todos merecem cuidado e vão agir da mesma forma, e no caso de uma pessoa bipolar, é ainda comum as fases de euforia frequentes.

Ainda sobre o transtorno bipolar, ele possui quase todas as causas da depressão comum. Então, apenas médicos psiquiatras vão conseguir afirmar com precisão se um quadro se trata ou não da doença.

Por que a doença é tida como o mal do século?

Esta doença recebeu a alcunha de mal do século pela Organização Mundial da Saúde pelo seu avanço desde os anos 2000. Assim, segundo a mesma agência, cerca de 10% da população mundial sofre com ela.

O avanço dos casos de depressão ocorre em todas as áreas da sociedade. Desse modo, é uma doença que não distingue classes sociais, embora a falta de dinheiro possa levar uma pessoa a desenvolvê-la.

Embora seja chamada dessa forma, esta doença não é nova, mas antes já foi chamada de Melancolia. No entanto, o avanço dos estudos acerca da doença já permite entender melhor seus riscos e como ela age.

A depressão no Brasil

A OMS alerta para os casos da doença no Brasil, que já atinge cerca de 11,5 milhões de pessoas. Por isso, jamais subestime a depressão e em caso de tristeza profunda ligue o alerta e busque ajuda assim que possível.

Em todo o continente Sul Americano, o Brasil é um dos países que apresenta maior número de casos. Desse modo, muitos brasileiros sofrem com o mal ou já tiveram quadros depressivos nos últimos anos.

Dados da OMS

Uma pesquisa da OPAS/OMS fez um alerta sobre os altos níveis da doença, em especial, aqueles que atuam na área de saúde. Assim, de 14% a 22% dos entrevistados tiveram sintomas e suspeita de um episódio depressivo.

homem sentado em frente a um notebook com os cotovelos apoiados na mesa e as mãos segurando o rosto, como se estivesse cansado ou preocupado

Legenda: A depressão age de forma silenciosa e ainda há muitas dúvidas sobre a doença. Imagem de wavebreakmedia_micro em Freepik

O que explica o aumento dos casos de depressão?

Um dos fatores que levam à altos números da doença é a mudança que a sociedade sofreu nos últimos anos. Dessa forma, a própria evolução tornou os seres humanos mais suscetíveis a tal problema.

Outro ponto que ajuda no crescimento dos casos é a falta de recursos em muitos locais do mundo. No entanto, a falta de lazer e o excesso de trabalho vão causar impacto direto e levar a uma tristeza profunda.

Há influência da pandemia?

Desde o primeiro ano da pandemia do COVID-19, foi registrado um aumento de cerca de 25% nos casos de doenças como esta. Assim, teve impacto de forma direta tanto neste mal como em outros como a ansiedade e Burnout.

É possível prevenir a depressão?

Há algumas formas de tentar prevenir-se desta e de outras doenças psiquiátricas. No entanto, é preciso um cuidado a longo prazo, que envolve alimentação, exercícios e um trabalho para tentar lidar melhor com suas emoções.

No caso de quadros parecidos na sua família, investir em psicoterapia é uma ótima escolha. Mas, também é ideal impor limites a si mesmo, caso haja tendência de se expor a situações de risco.

A doença como sintoma social

Devido ao estilo de vida que muitas pessoas desenvolveram mesmo antes da pandemia, esta doença recorrente começou a virar um sintoma social. Por isso, é cada vez mais comum e todos correm risco de desenvolvê-la.

Por conta disso, os cuidados devem ser redobrados, seja consigo mesmo ou com pessoas próximas. Desse modo, criar uma rotina e incluir hábitos saudáveis podem ajudar a vencer a doença.

Há tratamento para a depressão?

Muito já se sabe sobre as doenças mentais como esta, embora ainda precise de mais avanços nos estudos. Então, já há alguns remédios para depressão, porém estes precisam ser receitados por um médico da área.

A resiliência é algo que pode ser trabalhado para auxiliar no tratamento do paciente. Isso porque ela pode ajudar a evitar recaídas ou até mesmo o avanço do quadro, além de dar uma perspectiva de melhora no mesmo.

Em muitos casos, é preciso fazer um tratamento que combine alguns tipos de cuidados.. Por isso, veja a seguir como funciona esse processo, para entender os avanços da ciência no que diz respeito à essa condição:

  • Psiquiatria, por meio de remédios;
  • Atividades físicas constantes;
  • Psicoterapia.

Muitos remédios vão ajudar a tratar este mal, o que é uma grande vantagem. Por isso, o indicado é procurar um médico psiquiatra, que vai te orientar quanto à melhor forma de se cuidar da doença.

Cuidados além dos remédios

Embora eles ajudem a reduzir os riscos de danos maiores, se faz necessário mais alguns cuidados. Assim, mudança no estilo de vida e reeducação são ideais para conseguir vencer a batalha contra os transtornos mentais.

homem sentado em um banco de praça com os cotovelos apoiados nos joelhos e com as mãos na cabeça

Legenda: A ansiedade pode ser uma das causas da depressão. Imagem de Inzmam Khan no Pexels

Como é o diagnóstico da depressão?

O diagnóstico é feito por psiquiatras, pois eles são capazes de definir e distinguir todos os sintomas. Mas, não há nenhum exame capaz de mostrar a presença ou não da doença na mente ou no corpo.

Em boa parte dos casos, o médico busca ajuda de alguns outros profissionais, como os psicólogos. No entanto, o histórico familiar também pesa muito na hora do diagnóstico das doenças psiquiátricas.

Diferença entre a depressão e outras doenças mentais

A depressão pode dividir sintomas com outras doenças que agem na mente humana. Por isso, é preciso que seja feita uma análise detalhada, pois há casos de confusão entre ela e as seguintes condições:

O profissional deve fazer um estudo minucioso com o paciente. Além disso, há um manual de uso mundial que ajuda na distinção de um estresse psicológico para qualquer outro tipo de mal.

Principais fatos sobre a depressão

Esta doença crônica pode estar associada até mesmo a uma alimentação não controlada. Outro ponto que merece destaque neste distúrbio afetivo é que ele pode ser causado pela ansiedade.

A depressão em mulheres pode ser agravada por alterações em suas taxas hormonais. Desse modo, alguns métodos contraceptivos à base de estrogênio podem ter relação com o desenvolvimento da doença.

Este transtorno está ligado ainda ao aumento do risco de desenvolver doenças crônicas, segundo a revista JAMA. Além disso, veja mais fatos a seguir sobre esta doença, para entender mais como ela age no corpo:

  • Aumenta riscos de AVC;
  • Causa perda de energia.

A família ou pessoas próximas podem ser muito importantes na recuperação da pessoa com depressão. Dessa forma, há também um estudo que relaciona a doença com a presença de uma dor crônica.

Depressão no trabalho

Há cada vez mais casos de pessoas com depressão no trabalho ou entre estudantes. Além disso, muitos fatores podem aumentar a chance de ter esse problema, como a pressão dos patrões.

Também cresce o número de pessoas com a síndrome de Burnout, gerado por excesso de trabalho. No entanto, o quadro de humor triste deve ser observado neste caso, para não gerar algo mais grave.

Qualquer estresse psicológico deve ser levado muito a sério e é ideal observar a duração de um quadro como este. Por isso, não se cobre tanto e tenha momentos de lazer para evitar uma sobrecarga emocional.

Mais questões como salário baixo ou condições adversas no emprego também são causas desta doença. Assim, é preciso que as empresas cuidem da saúde mental dos seus colaboradores.

Quais os impactos da doença no trabalho?

A depressão pode te levar a perder o emprego, no caso de empresas não preparadas para agir em tal situação. Mas, em casos mais sérios, pode levar até a um quadro mais grave, como o suicídio.

Identifique os primeiros sintomas

Diante de um cenário onde o trabalho te causa estresse é preciso fazer uma análise da causa. Além disso, dificuldade de concentração pode significar cansaço excessivo, que deve ser tratado com seriedade para não evoluir para algo mais grave.

Relação entre depressão e suicídio

Essa é a principal preocupação dos agentes da saúde para com esta condição médica. Por isso, a perda de laços familiares ou algum outro transtorno de ordem psicológica devem ser bem trabalhados por pessoas que já apresentam algum sintoma.

A família tem papel central na recuperação dos pacientes. Desse modo, acompanhar o mesmo durante o tratamento e entender mais sobre a doença é fundamental para ajudar no processo de recuperação, além de:

  • Evitar deixar objetos cortantes em fácil acesso;
  • Não minimizar as dores do outro.

Em casos de depressão maior, evite deixar a pessoa doente a sós em algum ambiente. Além disso, no caso de uma depressão no trabalho, os líderes devem ser capazes de lidar com a situação e não descartar o colaborador simplesmente.

mulher com aspecto triste, com o rosto encostado em um suporte de madeira e olhando a paisagem

Legenda: O diagnóstico da depressão deve ser feito por profissionais da área da psiquiatria. Imagem de Engin Akyurt em Pexels

Como identificar alguém com depressão?

Durante o convívio com alguém é possível detectar alguns sintomas da doença. Então, se você notar perda de apetite, aliado a outros fatores como cansaço e perda ou ganho de peso de forma rápida, ligue o alerta.

Mesmo que para você as causas da depressão não sejam aparentes, jamais julgue o que a pessoa sente ou fala sobre ela. Isso porque a mente dela já está abalada e frágil.

No caso de uma depressão psicótica, a mente não trabalha da forma correta, mas sim com uma alteração de percepção da realidade. Por isso, é ideal manter a calma ao falar com esta pessoa.

Como ajudar alguém com a doença?

Sempre busque, em momentos mais calmos, induzir a pessoa a buscar ajuda. Além disso, se prontificar a acompanhá-la durante o tratamento pode renovar as esperanças neste indivíduo.

Qual a melhor forma de dialogar com uma pessoa com depressão?

De modo geral, os momentos de crise são os mais delicados na vida de alguém com depressão. Portanto, busque sempre manter a calma e acolher, pois somente a pessoa sabe como sua mente se encontra.

Evite também comparar a situação da pessoa com algo que você já viveu. Isso porque este comportamento pode inibi-la a falar mais sobre o caso ou gerar uma sensação de constrangimento ou incompreensão no indivíduo.

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